Hino de Ressaquinha
Letra: Aura Celeste de Castro Possa
Música: Geraldo Magela da Silva e Homero Lucas de Oliveira
Caminho dos inconfidentes
Pedacinho das Minas Gerais
bem no Campo das Vertentes
Tu és um elo, ligando capitais
Gravado com letras de ouro
Está teu nome no Brasil Colonial
Bandeirantes desbravaram tuas terras
Construindo a Estrada Real
Cidadãos ilustres e humildes
Que sempre souberam te amar
Os filhos de hoje e de outrora
De ti sempre irão se orgulhar
Em busca do outo e esmeraldas
Viajores por aqui trafegavam
Encontrando na Costa da Mina
A pousada que procuravam
Tu és a cidade dos jardins
Tu tens a beleza natural
O teu centro com altaneira matriz
Faz de ti um cartão-postal
Cidadãos ilustres e humildes
Que sempre souberam te amar
Os filhos de hoje e de outrora
De ti sempre irão se orgulhar
Tuas serras, campos e matas…
Beleza tanta não há igual
Neste solo sagrado e fecundo
Do Rio Doce brota o manancial
Outros povos aqui chegaram
Unindo-se a teus filhos num grande ideal:
Fazer crescer Ressaquinha
No cenário nacional
Cidadãos ilustres e humildes
Que sempre souberam te amar
Os filhos de hoje e de outrora
De ti sempre irão se orgulhar
Histórico de Prefeitos
1 de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1992 José Name Feres (PDS)
1 de janeiro de 1993 a 31 de dezembro de 1996 José Lafaiete Belo (PTR)
1 de janeiro de 1997 a 31 de dezembro de 2000 Onésimo Ferreira Condé (PMDB)
1 de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2004 Manoel da Silva Ribeiro (PSL)
1 de janeiro de 2005 a 31 de dezembro de 2008 Manoel da Silva Ribeiro (PSL)
1 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012 Frede Silvério de Oliveira (PP)
1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2016 Denilson Alberto da Cruz (PT)
Bandeira do Município
Resumo da história do Município
Ressaquinha deve sua formação às bandeiras, especialmente à de Fernão Dias Paes Leme, em 1675. Em 1690/1698 tornou-se pouso dos bandeirantes e por isso recebeu o nome de Encruzilhada do Campo. Em 1787 surge a Fazenda Costa da Mina, ponto de parada dos tropeiros, sendo que o Alferes Tiradentes frequentemente aí se hospedava. Em 1882, com a inauguração da estação ferroviária, o progresso é trazido pelo trem e a sede do distrito é transferida para São José da Ressaquinha, hoje somente Ressaquinha.
Os bandeirantes denominavam as clareiras nas matas de Ressaca, já havendo um local com este nome, chamaram aqui de Ressaquinha, logo pequena clareira tal nome ficou numa fazenda onde se hospedou o engenheiro da Estrada de Ferro Dom Pedro II, que para homenagear os proprietários que o acolheram assim alcunhou a estação, o que determinou o nome da apvoação que se formou ao seu redor em plena bélle-epoque.
Apesar da cidade ser cortada pela rodovia BR-40, apresenta Zona Rual com inúmeras atrações, como o trecho da antiga Via União-Indústria, a 1 Km do centro, que seguiu o trecho da Estrada Real; são cerca de 10 Km, ladeados por florestas, que podem ser utilizados para caminhadas, ciclismo e cavalgadas. Para passeiros, há o Morro do Neném localizado a 3km do centro, seguindo pela BR 040, com vista panorâmica, e onde o folclore mistura-se com a realidade, visto que muitos juram ouvir uma criança chorar no morro, daí a origem do nome. Não se pode deixar de frisar a nascente do Rio Doce. A água nasce na encosta do Morro Queimado a cerca de 1.300 m de altitude. Há ainda, várias cachoeiras como: A Cachoeira da Vargem do Amargoso, 3 cachoeiras no povoado do Peixoto e uma na comunidade dos Moreiras. Em todas estas há quedas com piscina natural que podem ser utilizadas para banhos.
A economia do município tem como destaque a agricultura de hortifrutigranjeiros, como o de flores, morango e milho; e a pecuária leiteira, típica da nossa região, já que estamos dentro da maior bacia leiteira do Brasil; também tradicional na fabricação de queijo artesanal e criação e abate de frangos. Outro fator de destaque são as pedreiras para material de construção.
O município de Ressaquinha está integrado ao Circuito Turístico Nascente do Rio Doce e Estrada Real.
A igreja Matriz possui um acervo interessantíssimo montado aos poucos principalmente a partir da década de 30. Belas imagens de madeira ou gesso, com olhos de vidro, uma imagem de menino Jesus originária da Itália, num armário vitrine, onde se vê o menino deitado e que funcionava através de uma moeda, que acionava os olhos que se abriam e a cabeça que se levantava, alfaias, que são as toalhas usadas nos altares, os paramentos como as dalmáticas, casulos com pinturas sacras, estolas, castiçais de metal trabalhados, e toda uma aparelhagem de objetos religiosos, muitos de trabalhos manual e artesanal, como púlpitos, pólios, ostensórios e até instrumentos musicais como órgãos. Tudo isso de grande interesse da população e dos párocos como sendo de importante relevância cultural e religiosa, sendo por isso cogitada a preservação e restauração a fim de compor um acervo para o museu Sacro Paroquial, objetivo de todos.
As pinturas internas são obras do padre alemão Joseph Bütgens feitas na década de 40, que junto com outra igreja do interior do estado de São Paulo e um mural em Belo Horizonte, compõe o raro acervo sacro deste artista aqui no Brasil, tendo pintado antes a Catedral de Nova Délli na Índia. Sua obra em Ressaquinha está impregnada de influência da arte indu, com destaque para a pintura do “Cristo Rei Eucarístico”, parecendo um faquir; os traços de São José em “Glórias” e a roca de fiação de Nossa Senhora no mural do “lar”, uma clara referência ao Mahatma Gandhi com a sua campanha de independência da índia naquela época através da não violência, onde entre outras ele estimulou os hindus a romperem com o monopólio inglês da produção de sal e da fiação de tecidos, onde ele mesmo aparece em fotos e filmes fiando a lã. Havia também faixas em branco e preto no altar representando a “Justiça”, a “Temperança”, a “Sabedoria” e a “Fortaleza”, ou seja, o estado ideal de Platão, o que evidencia a influência filosófica grega no Cristianismo.
Na cultura, os destaques são: o carnaval, a Semana Santa, as Festas Juninas e a Exposição Agropecuária. A cidade conta com uma história cultural riquíssima, oriunda das primeiras décadas do século XX, sempre acompanhando as tradições mineiras de Barbacena e da Arquidiocese de Mariana, com relevância para a área musical, com compositores sacros até em latim, que chegou ao seu ápice com um filho da terra como um dos maiores expoentes do canto lírico nacional e com carreira Internacional, Amin Feres; as bandas musicais, escritores, e historiadores com obras publicadas, além de outros artífices nas áreas teatrais e artes plásticas.
No artesanato o destaque é para bordados finos em peças de cama e mesa em trabalhos a nível europeu, desenvolvido na comunidade do Peixoto; sendo que também a riqueza artesanal encontra-se desenvolvida por todo o município.
Caminhada da Penitência é um evento que acontece todo ano na sexta-feira Santa. A caminhada chega a reunir mais de três mil fiéis, saindo da Basílica de São José Operário em Barbacena com destino à Matriz de São José de Ressaquinha.
O Carnaval acontece na época com desfiles de Blocos e Escolas de Samba. É um dos maiores eventos do Município.
9ª Exposição Agropecuária – Este ano estará acontecendo no mês de junho – entre os dias 10 a 14. O evento festivo é de grande importância, pois trata-se da Exposição da maior economia do município.
Ressafolia – Carnaval fora de época que acontece em dezembro na ocasião do aniversário de emancipação política de Ressaquinha.
Festa de Nossa Senhora Aparecida – Semana de 12 de outubro, quando acontece a recepção da caminhada dos devotos de Nossa Senhora Aparecida, de Hermílio Alves em direção a Capela, com queima de fogos, coroação da Rainha da festa, missa e grandioso leilão, sendo que há apresentação de shows artísticos, além da recepção das caravanas que chegam das localidades do município, com as imagens do seu padroeiro.
Semana Santa – A festa religiosa de maior destaque na cidade, quando um grande número de fiéis se reúnem e na sexta-feira acontecem ao vivo apresentação da Paixão e Morte de Cristo, e a procissão da Penitência, encenada pela juventude.
